terça-feira, 22 de novembro de 2011

VÊNUS

Algumas camisas estão
Penduradas no cabide
Esperando que o guarda roupa
Seja aberto
Para poder apenas
Por um instante
Ver o mundo lá fora
Sabendo que apenas uma
Será escolhida
Para passear

Este poema faz parte do livro NUVENS  de Arnoldo Pimentel
Para adquirir entre em contato
Email: arnoldopimentel@gmail.com


sábado, 19 de novembro de 2011

Feliz Natal

Como não formar cicatrizes?
Como não metabolizar o que se vê?
Como não entupir veias e artérias?
Como não ficar com os olhos embassados?
sem lágrimas?
Está tudo ao meu redor...
Está tudo ao seu redor...
Está tudo ao nosso redor...
mendigos nas calçadas dormindo
sobre sujeiras eternas
crianças experimentando drogas
e distantes das infantilidades
mulheres violadas para ganhar o alimento
que falta à mesa

São imensas, tórridas situações e eventos
que são marcantes, que se enraizam
que se tornam naturais, ...
E, mesmo assim...
há esperança... numa promessa...
Feliz Natal! , mesmo assim...
CRISTO vive!

Jorge Medeiros
(19/11/2011)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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vem o A com seu tique
vem o M com seu tac
vem o O com seu xilique
vem o R com seu apetite
pra te procurar 

matheusmineiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Nuvem e o Fogo




Quando eu era menino
Queria ser bonzinho
Para poder andar sobre as nuvens
Até que um dia comi algodão-doce
E a vontade passou.

Quando eu era menino
Eu não queria ser mau
Pois tinha medo de arder no fogo
Até que um dia senti queimar no meu
O calor de outro corpo
E o medo passou.

Hoje, já adulto, tenho plena consciência
Nessa perplexidade caótica em que me movo
Da poderosa sensibilidade de minha essência
Que insiste em ser metade nuvem, metade fogo.

Marcio Rufino

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lançamento do Livro "Nuvens" do Poeta Arnoldo Pimentel



























Uma vida é feita de muitos instantes. Em uma visão superficial tais instantes podem parecer corriqueiros, insignificantes e ou  ordinários. Todavia, olhares atentos os re-significam  e lidam com eles dispensando atenção merecida.
Em Nuvens, Arnoldo Pimentel nos convida a apreciação das belas  imagens de instantes simples.  Ele se torna o anfitrião que nos leva da escolha da camisa ao passeio no Leblon.
Aquele que se atenta à beleza da simplicidade, nos leva a questionar sobre a importância dos instantes, sobre o que o efêmero representa em nossa existência. O poeta nos aconselha que apesar da fugacidade do instante, ele é o que torna o que somos, o que vemos e apreciamos. Não atentar-se a isso é evaporar-se na areia, é desejar partir da vida só para não sentir dor.

 Rosilene Jorge dos Ramos